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Meio Ambiente

Censipam prevê estiagem na região amazônica

Impacto pode ser semelhante ou mais grave que seca de 2023
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Madson Euler, repórter da Rádio Nacional
01/07/2024 - 14:47
São Luís
Manaus (AM), 20/11/2023,  Rio Negro, no bairro São Raimundo em Manaus, próximo ao estaleiro São Jorge, com seu nível muito baixo, sendo a maior seca em 121 anos. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A região amazônica deverá enfrentar uma estiagem severa entre os meses de setembro e novembro. O prognóstico é do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam),

De acordo com o órgão, que é vinculado ao Ministério da Defesa, os níveis dos rios monitorados em 14 estações do Centro podem chegar perto ou ultrapassar a mínima histórica registrada.

Com esses dados, já é possível prever que os municípios localizados nas bacias dos rios Madeira, Mearin, Negro, Solimões, Tapajós e Tocantins/Araguaia vão ser impactados pela seca este ano, com consequências semelhantes ou mais graves que as ocorridas na estiagem do ano passado.

Entre os municípios que vão ser afetados já em setembro estão Guajará-Mirim, Ji-Paraná e Porto Velho, em Rondônia; Fonte Boa e Tabatinga, no Amazonas; as cidades paraenses de Conceição do Araguaia e Marabá; e Pedreiras, no Maranhão.

De acordo com os dados apresentados pelo Censipam, já existem regiões que estão sem chuva há mais de 50 dias.  

Segundo o meteorologista do órgão, Laurízio Alves, o prognóstico é de continuidade de altas temperaturas e baixo volume de chuvas de julho a setembro para a maior parte da Região Norte.

Chuvas com mais intensidade apenas em Roraima e no Amapá no período analisado, o que reforça a seca severa para os meses seguintes. 
 
No Amazonas, de acordo com a Defesa Civil Estadual, o período de estiagem deve se adiantar em 30 dias este ano, e os impactos começam a ser sentidos já a partir deste mês de julho. O governo estima que 150 mil famílias vão ser afetadas.

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