O ar poluído pelas queimadas produziu mais um efeito em São Paulo: choveu fuligem na zona oeste da capital paulista hoje cedo. O fenômeno acontece quando nuvens de chuva encontram o pó das queimadas.
E paulista deve se preparar: no próximo domingo o tempo vai virar e a fuligem deve voltar. De acordo com a Meteorologia, uma frente fria vai trazer chuva no próximo fim de semana.
Aliás, a fuligem causada pelas queimadas nas florestas torna cada vez mais poluído o ar que o paulista respira desde segunda-feira. Segundo o boletim da Cetesb, Companhia Ambiental de São Paulo, ontem, a qualidade do ar na região metropolitana estava pior do que na terça.
E um alerta da Cetesb: como a fuligem é uma partícula muito fina, penetra profundamente no sistema respiratório e pode chegar à corrente sanguínea. Com isso, aumentam os riscos de doenças como asma e AVC - Acidente Vascular Cerebral.
A prefeitura paulistana criou, nessa quarta-feira, um comitê de crise, que definiu várias ações. Vão participar a Defesa Civil, o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas e diversas secretarias.
Foi determinada a liberação de 5 milhões de reais para reforçar os equipamentos de atendimento assistencial para pessoas idosas. Também será aumentado o estoque de soro fisiológico nas unidades de Saúde.
Outra providência: foi prorrogado até 29 de setembro o fechamento dos 81 parques e unidades de conservação. Eles foram fechados no dia primeiro e seriam reabertos justamente hoje. A decisão da Secretaria de Meio Ambiente é para que as equipes continuem o monitoramento nesses locais para evitar novos incêndios.
E nesta quarta-feira, 11, mais duas pessoas foram presas por atear fogo em matas das regiões de São Carlos e Campinas. Outras 15 pessoas já foram detidas desde o início dos incêndios no estado. A Polícia Civil investiga os casos.
A prefeitura de São Paulo também montou dez tendas nas cinco macrorregiões da cidade, que atendem a população entre 10 horas e 16 horas.
