A qualidade do ar na cidade de São Paulo bateu um recorde negativo nessa segunda-feira (9). Segundo dados do site suíço IQAir, especializado em tecnologia da qualidade do ar, e que organiza um ranking com as principais cidades do mundo, a capital paulista teve o ar mais poluído.
De fato, para os paulistanos, era visível um fenômeno à tarde: o sol parecia uma bolinha alaranjada por trás de uma névoa de poluição.
De acordo com informações do Centro de Gerenciamento de Emergências, essa névoa seca é composta principalmente por fuligem, resultante das queimadas florestais desde a segunda quinzena de agosto, somada à poeira e a poluição.
E essa situação deve continuar nos próximos dias, segundo o Inmet, Instituto Nacional de Meteorologia, que lançou um alerta laranja de perigo para 14 estados. Entre eles, 8 em alerta vermelho. A melhora no ar é esperada somente com as chuvas, que devem chegar a partir do próximo dia 20.
Essa situação causa também aumento dos problemas de saúde da população. Segundo dados da Secretaria de Saúde da cidade de São Paulo, de agosto até a primeira semana de setembro, foram registradas mais de 1,5 mil notificações por Síndrome Respiratória Aguda Grave e 76 mortes.
Desde a alta das queimadas, multiplicaram os atendimentos a problemas como bronquite aguda, sinusite e conjuntivite. A Secretaria acrescenta que as fumaças das queimadas podem desencadear também problemas cardiovasculares, como doença arterial coronariana, angina e até infarto.
O conselho dado frequentemente pelos especialistas é beber água com frequência, evitar andar na rua e fazer exercícios ao ar livre nos horários mais quentes, entre as 10h e às 16h e usar umidificador de ar em casa ou no local de trabalho.