Degelo polar atinge nível recorde e agrava mudanças climáticas

O derretimento de gelo no Ártico e na Antártica alcançaram recorde histórico. Esse degelo pode causar graves impactos ao clima mundial, como aumento na frequência e intensidade de desastres ambientais, incluindo ondas de calor, incêndios florestais, secas e inundações. Em 2024, deixaram de se formar três milhões e quatrocentos mil metros quadrados de gelo marinho, o equivalente a 37% do território dos Estados Unidos. Os dados fazem parte do Relatório do Programa Antártico Brasileiro divulgado em janeiro.
Em 2023, a Antártica registrou a menor cobertura de gelo marinho desde 1979, com a perda de uma área equivalente a duas vezes o estado da Bahia. Já o Ártico, que vem acumulando degelos históricos nos últimos doze anos, pode ter o primeiro dia sem gelo marinho até 2050. A menor cobertura foi registrada em setembro de 2024, quando houve a perda de uma área equivalente à soma dos territórios da Grécia, Suécia, Portugal, Noruega, Polônia, Itália e Reino Unido.
De acordo com o relatório, as alterações climáticas resultantes do derretimento do gelo marinho trazem diversas consequências.
Ainda, segundo os pesquisadores, o degelo marinho recorde, assim como o fato de 2024 ter sido o ano mais quente da história, reforça os alertas sobre os impactos das mudanças ambientais, como as enchentes no Rio Grande do Sul, em 2024, e as crescentes erosões costeiras e tempestades em várias regiões.
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
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