Um estudo publicado por pesquisadores brasileiros e franceses comprovou, por meio do monitoramento do movimento dos olhos, que um filtro na cor verde ajuda a aumentar a velocidade de leitura de crianças com dislexia.
A utilização dessa técnica foi patenteada na década de 1980, mas até então ainda não tinha sido submetida a testes mais rigorosos.
A pesquisa conseguiu mapear o comportamento visual de crianças de 9 e 10 anos durante testes de leitura sob diferentes condições cromáticas. O resultado foi a fixação 100 milésimos mais rápida de trechos de palavras, como explica o Phd em Controle Motor, José Barela.
A técnica é bem difundida na França, onde parte desse estudo foi realizado, e também na Europa, mas é ainda pouco aplicada no Brasil. O especialista ressalta que o filtro verde não é um tratamento para dislexia, mas altera o estímulo visual e ajuda a ativar áreas específicas do cérebro vinculadas à leitura e escrita, daí a melhora no desempenho.
José Barela lembra da possibilidade de que, com o tempo, as crianças se habituem com filtro verde e consequentemente seja necessário recuperar o efeito com estímulo de outra cor. Para compreensão mais detalhada, serão estudados estímulos diferentes para que as crianças com dislexia possam ler com melhor fluência.