Imagine um molho cremoso e vermelho para saborear com seu sanduíche favorito.
Você pensou no ketchup, não foi?
Agora, substitua as três primeiras letras do nome desse alimento e imagine um molho com as mesmas características, mas feito com frutas e legumes naturais e livre de aditivos químicos e de corantes.
Essa é a proposta do natchup, desenvolvido pela UFC, Universidade Federal do Ceará. No lugar do tomate, são usadas a acerola, a beterraba e a abóbora, que são abundantes no Nordeste.
Segundo a professora Lucicléia Barros, chefe do Departamento de Engenharia de Alimentos da universidade, a ideia nasceu em 2016 com três estudantes de graduação, que queriam desenvolver um produto saudável e funcional, rico em vitamina C e livre de defensivos agrícolas.
A ideia virou projeto de pesquisa e passou por vinte e uma formulações até chegar no produto atual.
E o natchup já é uma ideia premiada: o molho é um dos dois alimentos brasileiros que receberam o selo Innovation durante o Sial, Salão Internacional de Alimentação, realizado em Paris em outubro.
A partir de uma parceria com a UFC, a empresa cearense Frutã vai produzir e vender o natchup durante cinco anos.
Essa aliança aconteceu no início da pesquisa, como conta a sócia-diretora da empresa, Ana Patrícia Diógenes.
Parte dos recursos arrecadados com a venda do natchup será revertida para a universidade e para entidades sociais.
Segundo Ana Patrícia, dez países já encomendaram o natchup durante o Salão Internacional de Alimentação.
O molho já está à venda pela internet e estará nos supermercados a partir do início de 2019.