A defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso durante a Operação Lava Jato, indicou nesta segunda-feira oito testemunhas para depor a favor do réu, acusado de receber propina para facilitar a compra de sondas de perfuração. Entre as testemunhas convocadas, está o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli.
Segundo Edson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró, o depoimento de Gabrielli vai ser importante porque ele participou da decisão da compra das sondas, como presidente da estatal.
O advogado chegou a indicar Dilma Roussef como testemunha por ter ocupado o cargo de presidenta do Conselho de Administração da Petrobrás, mas mudou de ideia.
SONORA
No lugar da presidenta Dilma Roussef, o advogado indicou o representante de uma das empresas responsáveis pelas sondas, Ishiro Inagaki, como testemunha. A maioria dos intimados a depor são ex-dirigentes de instituições ligadas ao petróleo.
Segundo denúncia do Ministério Público, Cerveró recebeu propina, em 2008, durante a negociação do contrato de compra de um navio-sonda a ser usado na perfuração de petróleo em águas profundas na África. Mas a defesa pede a absolvição dele por falta de provas.
Nestor Cerveró está preso há 13 dias na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba por ter transferido bens para o nome de parentes durante a investigação na tentativa de evitar o confisco.