O nome da presidenta Dilma Rousseff não consta da lista divulgada na última sexta-feira (6) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), referente aos pedidos de inquérito feitos pelo procurador-geral Rodrigo Janot sobre a operação Lava Jato.
Na petição, apresentada ao ministro Teori Zavascki, relator do processo no STF, Janot explica que a presidenta não pode ser investigada por fatos ocorridos anteriormente ao exercício da Presidência.
O nome de Dilma foi citado no depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, à Justiça Federal, ao relatar que recebeu pedido para repasse de R$ 2 milhões do caixa do Partido Progressista (PP) para financiar a campanha de Dilma à Presidência.
O pedido, segundo Costa, teria sido feito pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, coordenador a campanha presidencial de Dilma à época.
Já o doleiro Alberto Yousseff, também beneficiado por acordo de delação premiada e acusado de envolvimento no esquema de corrupção, desmentiu em um de seus depoimentos a afirmação do ex-diretor da estatal.
Diante dessas duas versões, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a apuração do suposto repasse, e o ex-ministro Palocci será investigado.
O nome de Palocci é um dos que aparecem na lista entregue por Janot ao ministro Teori Zavascki.
O inquérito sobre Palocci será remetido à Justiça Federal no Paraná, pois ele não tem foro privilegiado, diferentemente de outros políticos que têm mandato, e portanto a prerrogativa de serem julgados pelo Supremo.
(Matéria alterada a em 09/03/15, às 16h01, para destaque de informações mais recentes sobre o assunto abordado)