O ex-ministro Gilberto Carvalho negou a existência de suposta compra de medidas provisórias na primeira audiência da Operação Zelotes.
Segundo ele, que foi convocado como testemunha de defesa, a acusação é absurda e ofende o bom senso.
A Zelotes investiga suposta fraude em julgamentos do Carf, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, ligado ao Ministério da Fazenda, além de suposta compra de medidas provisórias.
Gilberto Carvalho explicou que atendia à demandas da sociedade e de grupos econômicos e as apresentava ao governo. Mas negou que teria recebido qualquer vantagem para fazer negociações em troca de MPs que incentivaram o setor automotivo a se instalar em outras regiões do pais, além da Sudeste.
Para o ex-ministro, o foco da investigação foi desviado.
Gilberto Carvalho foi chamado como testemunha de dois réus, mas negou conhecer os acusados.
A Justiça Federal processa 15 réus, entre os quais, seis estão presos preventivamente. São apurados crimes como tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Até o dia 5 de fevereiro, a Justiça pretende ouvir cerca de 100 pessoas. Entre as testemunhas estão: a presidenta Dilma Rousseff; o ministro da Educação, Aloizio Mercadante; o governador de Goiás, Marconi Perillo, e os senadores José Agripino, do DEM, e Humberto Costa, do PT.