Quatro partidos de oposição – PSDB, DEM, Solidariedade e PPS – além de integrantes do PSB e do PMDB, anunciaram a criação de um comitê pró-impeachment que pretende percorrer o país em ações pontuais a favor do afastamento da presidenta Dilma Rousseff.
A criação desse comitê foi motivada pela prisão do publicitário João Santana, marqueteiro das campanhas da presidenta Dilma em 2010 e 2014 e da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.
O líder do Democratas, Pauderney Avelino, disse que o comitê será apartidário, terá CNPJ e poderá receber doações e não deverá prejudicar as ações da oposição tanto na Câmara quanto no Tribunal Superior Eleitoral, para os pedidos de impeachment e de impugnação da chapa Dilma Rousseff – Michel Temer.
O líder do governo, José Guimarães, rebate. Diz que a oposição só quer fazer barulho. “A oposição não tem agenda, ela fica esperando todo dia uma manchete no jornal ou um episódio para poder construir a sua agenda”, afirmou.
Guimarães acrescentou que a agenda do governo é votar as matérias “de interesse do país”. Disse, ainda, que os órgãos de controle têm se esforçado para esclarecer todas as denúncias apresentadas.
Durante reunião para definir a criação do comitê, os deputados decidiram apoiar as manifestações a favor do impeachment, convocadas para o dia 13 de março.
Além disso, deverão se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para pressionar por uma decisão sobre o caso.
No fim do ano passado, o processo de impeachment voltou à estaca zero depois que o STF anulou a votação que elegeu a comissão especial sobre o assunto. O presidente da Casa, Eduardo Cunha, recorreu da decisão.
