A Comissão Especial de Impeachment terminou nesta segunda-feira (21) com questões de ordens que podem levar o processo de volta ao Judiciário.
A pedido da advogada Janaína Pascoal, uma das responsáveis pelo pedido de impeachment, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), juntou novos documentos que não estavam no processo aceito por ele em dezembro do ano passado. Entre os documentos está a delação premiada de Delcídio do Amaral (sem partido-MS).
O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), promete ir ao Supremo contra a inclusão de novas denúncias.
Questões de ordem pediram a retirada dos novos documentos. O presidente da Comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), disse que pretende responder ainda nesta terça-feira.
Eduardo Cunha se defendeu dizendo que não entrou no mérito dos novos documentos, apenas anexou os documentos ao pedido original de impeachment.
O líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), explicou que a estratégia é usar a delação para inflamar politicamento o processo, mas que a oposição deve focar nas denúncias de crime orçamentário.
O relator do impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), não sabe se vai usar os novos documentos, mas teme a judicialização do processo ou o aumento no prazo para defesa da presidenta.
Na peça com o pedido original de impeachment estão as denúncias de atrasos no pagamento de programas sociais a bancos públicos, que ficaram conhecidas como pedaladas fiscais, e a aprovação de créditos suplementares sem autorização prévia do Congresso Nacional.