Durou quase três horas e terminou sem definição a reunião que iria decidir se o PP, o Partido Progressista, deixa ou continua na base de apoio ao governo. Os deputados e senadores do partido não chegaram a um consenso. Preferiram deixar para a reunião do Diretório Nacional, que será marcada para um dia antes ou um dia depois que a comissão especial do impeachment votar o relatório sobre o assunto.
A data ainda será marcada dependendo dos acontecimentos das próximas semanas, segundo o líder do partido na Câmara, Agnaldo Ribeiro. Ele afirmou que, até lá, não haverá negociação de cargos e que o partido não mira em nenhum ministério que deverá ser deixado vago pelo PMDB. E afirmou que não faria prognósticos.
Enquanto o líder falava em consenso e em conversas, a ala considerada mais rebelde do partido se apressou em dizer que está decidida a deixar a base aliada. E que essa é posição majoritária do partido, como explicou o deputado Júlio Lopes.
O PP é a terceira maior bancada da Câmara. São 49 deputados. Cerca de 30, defendem o desembarque do governo. No Senado, o partido conta com seis representantes.