O novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do Democratas, foi eleito contra um candidato do chamado Centrão, grupo de partidos que apoiam o governo interino e reúne mais de 200 parlamentares.
Maia ainda contou com muitos votos da atual oposição, que não queriam ver um deputado do Centrão vencer a disputa porque identificam esse grupo como ligado ao ex-presidente da Casa Eduardo Cunha, do PMDB.
Rodrigo Maia disse que agora vai trabalhar para unificar toda a base do governo, juntando o Centrão com a antiga oposição, que reúne PSDB, PPS, PSB e DEM.
A líder da oposição na Câmara, deputada Jandira Feghali, do PCdoB, acredita que a base governista se fragmentou na eleição.
No primeiro dia como presidente da Câmara, Rodrigo Maia se encontrou com políticos e autoridades em Brasília. Após reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Maia disse que quer aprovar ainda neste ano a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos, que é uma das prioridades do governo interino.
A medida limita por até 20 anos o aumento de gastos do Executivo ao índice da inflação do ano anterior, independentemente da arrecadação que o governo tenha.
Sobre a cassação de Eduardo Cunha, Maia disse que só vai colocar o caso em votação quando a Câmara estiver com quórum alto.
Maia também disse que pretende fazer a Casa funcionar apesar da Olimpíada e da eleição municipal de outubro.
A Câmara e o Senado já não terão mais sessões nesta sexta-feira (15). O Congresso entra em recesso parlamentar e só retoma os trabalhos no dia 2 de agosto.