O presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão, desafiou os líderes dos partidos do Centrão, demitiu do cargo o atual secretário-geral da Mesa, o servidor Sílvio Avelino, e mandou retirar as cabines de votação que estavam sendo montadas no plenário da Câmara para escolha do novo presidente da Casa.
A maioria dos líderes partidários convocaram a eleição para terça-feira (12), mas o presidente em exercício reafirmou que a eleição será nesta quinta (14).
O chamado centrão, bloco de partidos da antiga base do governo Dilma Rousseff que hoje apoiam o governo interino, conseguiu reunir assinaturas para antecipar a eleição. O primeiro-secretário da Casa, deputado Beto Mansur, do PRB, disse que a decisão foi legal.
Os deputados da atual e antiga oposição, que vão de partidos como o PT até o DEM, apoiam Maranhão para que a eleição seja na quinta-feira. O deputado Júlio Delgado, do PSB, acredita que a antecipação atrapalha o processo de cassação contra Eduardo Cunha.
O deputado do PMDB, Carlos Marum, criticou o que chamou de manobra de Maranhão. Nesta segunda-feira, os líderes devem voltar a se reunir para encontrar uma saída para o impasse da data da eleição de presidente da Câmara.