Polícia Federal analisa autenticidade de gravações entregues por dono da JBS
Além do pedido da defesa do presidente, Michel Temer, de esclarecimentos sobre a conversa gravada por Joesley Batista, a Procuradoria Geral da República também encaminhou pedidos à Polícia Federal para esclarecer essa conversa, antes de Joesley firmar o acordo de delação premiada, que serviu de base para o inquérito Temer.
Entre os pedidos da Procuradoria Geral da República estão questionamentos sobre o formato do áudio, eventuais interrupções e evidência de que alguns trechos foram editados.
O pedido foi feito após o Supremo determinar a verificação técnica do conteúdo gravado por Joesley. Atendendo a um pedido da defesa de Temer, o STF enviou o conteúdo para perícia da Polícia Federal, mas não suspendeu as investigações deixando a decisão para o plenário da Corte, o que deverá ser decidido na sessão da próxima quarta-feira (24).
O Ministério Público também fez questionamentos sobre as conversas gravadas com o senador afastado Aécio Neves (PSDB) e com o deputado Rocha Loures (PMDB), também acusado de envolvimento no caso.
A defesa do presidente fazem referência ao o modelo do gravador, o horário em que o áudio foi registrado, a razão de ruídos, a eventual “supressão de palavras” e possíveis contradições sobre a análise de peritos contratados à parte, por veículos da imprensa, a respeito de edições no áudio.
Em nota divulgada na tarde desse domingo (21), a Polícia Federal informou que recebeu os áudios da conversa e que pediu acesso ao aparelho usado por Joesley Batista para fazer a gravação.
