O projeto de reforma Trabalhista avançou a primeira etapa, no Senado, com a aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), nessa terça-feira (6), mas ainda tem uma boa caminhada até ser votada em plenário.
A expectativa era o texto ser lido nesta quarta-feira (7), na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), segunda etapa da análise do projeto. Mas o texto só deve ser lido amanhã (8), numa reunião extraordinária.
Isso se a oposição deixar. O senador Paulo Paim (PT) promete embarreirar o projeto.
“Eu acho um absurdo. O projeto chega hoje e já querer ler amanhã, sem nenhum espaço para debate, não respeitando as 48 horas. Vamos trabalhar para que amanhã não aconteça essa reunião e a gente trabalhe para que, na semana que vem, na quarta-feira (14), seja feita a leitura e na outra quarta (21), votado”, afirmou o petista.
Paim apresentou um requerimento, aprovado pela comissão, que pede a ida dos senadores a comunidades quilombolas, fábricas, frigoríficos ou área de produção familiar para ver de perto a situação dos trabalhadores do campo e das cidades.
O líder do Governo no Senado e relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Romero Jucá (PMDB), contestou.
“Eu não concordo com o condicionamento de se votar a matéria da Reforma Trabalhista somente após as diligências. Até porque, isso seria postergar para não se sabe quando. Se esse comportamento fosse vigir, nós não teríamos mais votação de nenhuma matéria que tivesse polêmica aqui no Senado. Porque bastaria, em toda comissão, a gente fazer um pedido de diligência de um ano e essas diligências seriam feitas e ninguém votaria a matéria”, disse Jucá.
Depois de passar pela CAS, a reforma Trabalhista vai para a terceira e última Comissão, a CCJ. Se aprovada, vai a plenário.
