O Ministério Público Federal pediu a condenação do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e de outras 12 pessoas, incluindo a ex-primeira dama Adriana Ancelmo, pelos fatos levantados pela Operação Calicute.
A alegação final do MPF protocolada nesta terça-feira afirma que o grupo comandado por Cabral recebeu propinas de empreiteiras contratadas para fazer grandes obras como a reforma do Estádio do Maracanã para o Pan e para a Copa do Mundo, construção do Arco Metropolitano e a expansão do metrô do Rio de Janeiro.
O documento aponta diversos atos ilícios, incluindo 24 repasses, feitos entres os anos de 2007 e 2011 que somam em média 5% do valor das obras contratadas.
Os procuradores também afirmam que a ex-primeira dama Adriana Ancelmo recebeu joias com valor superior a R$ 6,5 milhões compradas com o objetivo de lavar o dinheiro proveniente das propinas.
O ex-governador do Rio foi denunciado por 49 crimes de corrupção passiva, mais de 160 de lavagem de dinheiro, que somam uma quantia que ultrapassa R$ 22 milhões e organização criminosa.
O MPF pede que sua pena seja agravada pelo fato que ele comandou o grupo crminoso, além de demonstrar absoluto desprezo pela população que o elegeu. Já Adriana Ancelmo foi denunciada por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Entre os réus da ação também estão os ex-secretários do governo do estado Wilson Carlos e Hudson Braga e operadores financeiros do esquema criminoso.