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Política

Procurador da Lava Jato classifica de promiscuidade ação de Bendine na Petrobras

Operação Cobra
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Graziele Bezerra
27/07/2017 - 12:33
Brasília

O procurador da República no Paraná Athayde Ribeiro Costa chamou de promiscuidade a atuação do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine, preso hoje (27), na 42ª  fase da Operação Lava Jato.


Bendine é acusado de receber R$ 3 milhões em propina, da construtora Odebrechet, mesmo depois da deflagração da operação policial, em 2014.


“É indignante que, durante o escândalo de corrupção na Petrobras, pessoas utilizavam a companhia para praticar crimes, segundo as evidências até então colhidas. Bendine veio do Banco do Brasil, foi para a Petrobras e, segundo as provas, havia pedido de propina. Além disso, Bendine tentava, com pedido de propina, um lugar na Vale. Nós temos que impedir essa promiscuidade”.


Bendine esteve à frente do Banco do Brasil, entre abril de 2009 e fevereiro de 2015, e assumiu o comando da Petrobras de fevereiro de 2015 a maio do ano passado.


Negando que tenha ocorrido vazamento de informações sobre o pedido de prisão contra o e  ex-presidente das estatais, o procurador Athayde Costa revelou que a polícia identificou uma passagem somente de ida, no nome de Bendine, para Portugal, marcada para amanhã (28).


Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária no Distrito Federal e nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.


Esta fase da Lava Jato, batizada de Cobra, é uma referência ao apelido de Bendine no Setor de Propinas da Odebrecht.

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