Advogado acusa Janot de usar documento fraudado contra Temer

CPMI

Publicado em 01/12/2017 - 10:13 Por Lucas Pordeus León - Brasília

O advogado Rodrigo Tacla Durán, acusado pela Lava Jato de lavagem de dinheiro para a Odebrecht, para quem trabalhou, confirmou nessa quinta-feira (30) que negociou delação com o amigo do juiz Sérgio Moro.


O advogado também defendeu que o ex-procurador-geral, Rodrigo Janot, teria usado documento fraudado na denúncia contra o presidente Michel Temer.

 

O advogado chegou a ser preso na Espanha a pedido de Sérgio Moro, mas conseguiu, em seguida, a liberdade. Ele teve o pedido de extradição ao Brasil negado pela Justiça espanhola. O advogado tem dupla nacionalidade e é tratado pela força-tarefa de Curitiba e por Moro como “foragido”.

 

O depoimento dele na CPMI ocorreu por videoconferência. Rodrigo Tacla Duran acusa o advogado e amigo de Sérgio Moro, Carlos Zucolotto Júnior, de cobrar US$ 5 milhões, por fora, para reduzir a multa da delação.


Procurado, o advogado Carlos Zucolotto disse que a questão foi explicada pelo Juiz Sérgio Moro. Em nota divulgada anteriormente, Moro defendeu o amigo, disse que as denúncias são falsas e que nenhum membro da Lava Jato confirmou a história.


Moro também lamentou o crédito dado a um acusado.


O advogado de Tacla Duran apresentou a CPI uma perícia feita na Espanha que confirmaria que as fotos da conversa com o advogado Zucolotto não foram manipuladas.


Ele também apresentou e-mail e minuta do suposto acordo de delação negociado. Os documentos estão sob sigilo na CPI.


Sobre a denúncia contra Temer, Duran afirma que o programa usado pela Odebrecht para pagamento de propina foi encerrado em 2016 e que na peça acusatória há extratos de 2017 o que, segundo ele, comprova a manipulação.


O senador do PSD Lasier Martins criticou o depoimento do advogado dizendo não ter relação com a CPI, que investiga a JBS, e que o objetivo de alguns, na comissão, é colocar em dúvida o instituto da delação premiada para mudar a legislação.


O relator da CPI Mista, deputado Carlos Marum, do PMDB, reconhece que o depoimento do ex-advogado da Odebrecht não deve ser usado no relatório final, mas que as revelações podem servir para aperfeiçoar a Lei da Delação.

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