A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal que prorrogue por mais dois meses o inquérito que investiga suposta irregularidade na edição do chamado Decreto dos Portos, assinado pelo presidente Michel Temer no ano passado, que aumentou o prazo para as concessões de áreas portuárias.
A manifestação da PGR atende a um pedido da Policia Federal. A PF suspeita que houve pagamento de propina por parte da Rodrimar em troca da publicação do decreto.
Esta é a segunda vez que a PF pede mais tempo para apurar o caso. Em fevereiro, o ministro Luís Roberto Barroso, que é o relator, aceitou o primeiro pedido, que também foi de 60 dias.
Além do presidente Michel Temer, são investigados no mesmo inquérito o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures e os donos da Rodrimar.
O presidente Michel Temer nega que tenha tido qualquer irregularidade na edição do decreto.
Em nota oficial divulgada em março sobre o tema a Secretaria de Comunicação Social da Presidência reafirmou que o decreto dos portos não beneficia a empresa Rodrimar.
Segundo o planalto, a investigação busca retirar o presidente Temer da vida pública e destruir sua reputação impedindo que ele se candidate à presidência nas eleições deste ano.
Os demais citados também negam qualquer irregularidade.
