Entrega de bens à Justiça reduz pena de Sérgio Cabral e de sua mulher Adriana Anselmo
A entrega voluntária de bens à Justiça reduziu as penas recebidas pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e pela ex-primeira dama, Adriana Ancelmo, no processo originado pela Operação Eficiência, que investiga um esquema de corrupção envolvendo políticos, agentes públicos e empresários.
O casal abriu mão de jóias, veículos, imóveis e valores bloqueados pela Justiça, avaliados em R$ 40 milhões. Os bens serão leiloados e o dinheiro arrecadado será utilizado para ressarcir os cofres públicos, pelos crimes cometidos por Cabral e Adriana.
Esta atitude fez o juíz Marcelo Bretas, da Sétima Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, abater dois terços da pena que Cabral recebeu pelo crime de lavagem de dinheiro no processo da Operação Eficiência. A sentença inicial, que era de 6 anos e seis meses de prisão, caiu para 2 anos e dois meses. Como também foi condenado a 13 anos e 10 meses por corrupção passiva e 4 anos e seis meses por evasão de divisas, a pena total do ex-governador no processo foi de 22 anos e 8 meses de prisão. Já Adriana Ancelmo teve a pena de 4 anos de reclusão por lavagem de dinheiro extinta e foi sentenciada apenas pelo crime de corrupção passiva, a 4 anos e seis meses de prisão.
Além de Cabral e Adriana, também foram condenados à prisão no processo da Operação Eficiência o empresário Eike Batista, que pegou 30 anos em sua primeira condenação na Lava Jato; o ex-secretário de governo na gestão Cabral, Wilson Carlos, sentenciado a 9 anos e 10 meses; o empresário Carlos Miranda, apontado como operador financeiro de Cabral, que teve pena de 8 anos e 6 meses; e o empresário Flávio Godinho, braço direito de Eike Batista, condenado a 22 anos.