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Política

PGR denuncia 26 pessoas por fraudes na concessão do registro sindical no Ministério do Trabalho

STF
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Samanta do Carmo
27/08/2018 - 18:47
Brasília

A Procuradoria Geral da República denunciou nesta segunda-feira, 26 pessoas ao Supremo Tribunal Federal com base na Operação Registro Espúrio, que investigou fraudes na concessão de registro sindical operadas por um grupo dentro do Ministério do Trabalho. Políticos, advogados, dirigentes sindicais, servidores e ex-servidores estão entre os denunciados.

 

A Polícia Federal chegou a fazer buscas no prédio do ministério, em julho. No mesmo dia, o então ministro, Helton Yomura, foi afastado do cargo pelo STF e pediu demissão.

 

Yomura é um dos denunciados pela PGR, além do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, quatro deputados federais pelo partido, Cristiane Brasil, Jovair Arantes, Wilson Santiago Filho e Nelson Marquezelli. O deputado federal Paulinho da Força, do Solidariedade, também está na lista.

 

Apenas Wilson Filho não é candidato à reeleição. Eles são acusados de indicar pessoas para cargos de confiança no Ministério do Trabalho, incluindo o próprio ministro, para manter o esquema de corrupção funcionando.

 

A PGR pede a condenação do grupo por organização criminosa e pagamento de indenizações no valor de  R$ 8 milhões aos cofres públicos. De acordo com a denúncia, o esquema de corrupção era dividido em cinco núcleos: administrativo, político, sindical e captador.

 

O esquema funciona da seguinte forma: quando uma entidade solicitava o registro sindical, sofria a cobrança para pagar vantagens indevidas, como dinheiro para servidores do ministério e apoio financeiro e votos para partidos e políticos.

 

Quem aceitava, passava na frente na fila de pedidos de registro sindical, e tinha a solicitação aprovada, aqueles que se recusavam, tinham o processo dificultado ou impedido. PTB e Solidariedade eram os partidos beneficiados.

 

Um dos denunciados, o ex-servidor Renato Araújo Júnior, fez acordo de colaboração premiada e forneceu documentos para a Polícia Federal. A denúncia será analisada pelo ministro do STF, Edson Fachin. Nossa reportagem entrou em contato com os denunciados e espera o posicionamento deles.

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