O presidente, Michel Temer, desistiu de enviar ao Congresso uma medida provisória adiando para 2020 o reajuste dos servidores do Executivo.
A medida veio depois que Judiciário e Legislativo decidiram reajustar os salários de seus funcionários no ano que vem.
O Palácio do Planalto avaliou que a medida, que excluiria apenas o Executivo do benefício salarial, não teria apoio dos parlamentares.
A decisão foi tomada após conversas do presidente com representantes do Judiciário e do Legislativo.
Temer também negociou com o Supremo Tribunal Federal (STF) uma troca: o auxílio-moradia deixaria de existir e seria incorporado ao salário, a partir do reajuste de 16,8%, já aprovado pela maioria dos ministros da Suprema Corte.
O entendimento do governo é que, mesmo com os reajustes concedidos aos servidores, o ajuste fiscal não será prejudicado.
A secretária executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, explicou que o governo terá de fazer cortes, mas ressaltou que a discussão se aplica apenas à destinação de recursos, sem alterar o volume total de gastos.
Nesta sexta-feira (31), o governo deverá encaminhar ao Congresso a proposta orçamentária para o ano que vem já com a previsão do reajuste. O impacto será de R$ 11 bilhões considerando todos os servidores, entre civis e militares.