O homem de 40 anos identificado como autor do ataque à faca contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro vai ser transferido para um presídio federal de segurança máxima. Quem determinou a transferência foi juíza de plantão Patrícia Alencar, da Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, durante a audiência de custódia do acusado, que terminou por volta das cinco e quinze da tarde.
De acordo com o deputado Francischini, que é líder do PSL na Câmara e está em Juiz de Fora como representante de Bolsonaro, a juíza também aceitou o indiciamento com base na Lei de Segurança Nacional, já que preso teria admitido motivações políticas-religiosas. O agressor já tem defesa constituida, mas os advogados ainda não fizeram manifestações públicas.
O interrogatório do suspeito pela Polícia Federal durou do início da noite de quinta até a madrugada de sexta. Outro homem preso foi ouvido e liberado. Os detalhes da investigação são mantidos em sigilo.
Sobre o estado de saúde do candidato, o Hospital Albert Einstein divulgou por meio de nota, as duas e meia da tarde desta sexta-feira, que Bolsonaro está consciente e em boas condições clínicas. O próximo boletim médico será divulgado apenas neste sábado, às dez horas da manhã.
Mais cedo, a diretora técnica da Santa Casa de Juiz de Fora, médica Eunice Dantas, conversou com a imprensa. Ela afirmou que Bolsonaro perdeu 2 litros e meio de sangue, o equivalente a 40% do volume sanguíneo de um ser humano médio, por isso ele deu entrada no hospital na tarde de ontem em estado choque.
Eunice ainda mencionou que o candidato terá que utilizar, por até três meses, uma bolsa ligada ao intestino até que o órgão esteja completamente cicatrizado.
Bolsonaro aparece falando, no leito do hospital, em um vídeo publicado nas redes sociais do senador Magno Malta. Ele agradece aos médicos e diz que temia que algo deste tipo ocorresse.
Nem o PSL nem assessores de Bolsonaro indicaram como deve ficar a campanha nestes, pelos menos, sete a dez dias em que o candidato estará hospitalizado.