O gabinete de transição confirmou nessa terça-feira a indicação do deputado federal Luiz Henrique Mandetta, do Democratas de Mato Grosso do Sul, para o Ministério da Saúde do governo de Jair Bolsonaro.
Mandetta já foi presidente da Unimed e secretário municipal de Saúde da capital do estado, Campo Grande. A gestão dele no município foi alvo de denúncias por crimes de caixa dois e fraudes.
Mesmo sem ter se tornado réu, o deputado teve os bens bloqueados em 2013. Para Luiz Henrique Mandetta, as denúncias têm motivações políticas.
Luiz Henrique Mandetta tem 53 anos e é médico ortopedista. Assumiu em 2011 o primeiro mandato como deputado federal, foi reeleito em 2014 e este ano decidiu não disputar a reeleição.
O nome dele foi oficializado durante uma reunião do presidente eleito com a Frente Parlamentar da Saúde e representantes das Santas Casas.
O ministro indicado afirmou que vai definir, em conjunto com o atual governo, detalhes sobre o futuro do programa Mais Médicos.
Mandetta foi o décimo ministro indicado por Jair Bolsonaro. E, até agora, é o terceiro deputado do Democratas para uma pasta na Esplanada. Os outros dois são Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil, e Tereza Cristina, da Agricultura.
Ao ser questionado se considera o DEM o partido mais forte da base de apoio ao futuro governo, Bolsonaro avaliou que as indicações não atendem a interesses do partido.
Também nessa terça-feira, Jair Bolsonaro fez visitas de cortesia ao presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Raimundo Carreiro, e à procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
* Áudio e texto trocados às 21h46 do dia 20-11-18 para inclusão de informações.