Equipe de transição espera ter tamanho do ministério definido até a próxima semana
A expectativa da equipe de transição é definir até a semana que vem quantos ministérios formarão o governo de Jair Bolsonaro e quem vai ocupar essas pastas.
Inicialmente o número de ministros estava previsto para 15. Na semana passada, o governo de transição admitiu que poderia chegar a 17.
Nessa segunda-feira (12), o ministro extraordinário da Transição e futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, preferiu não definir um número, mas afirmou que o governo vai encolher.
Onyx afirmou que o gabinete de transição pode decidir, ainda nesta semana, o nome de quem vai para o Ministério do Meio Ambiente.
Antes do anúncio oficial, a indicação ainda precisa ser aprovada pela bancada ruralista. A atriz Maitê Proença é uma das cotadas para a pasta.
Onyx Lorenzoni não confirmou nem desmentiu a suposta indicação da atriz. E antecipou que a pessoa escolhida para o Meio Ambiente pode rever a destinação dos recursos arrecadados com as multas por crimes ambientais.
De acordo com Onyx, as organizações não governamentais ficam com uma parcela desse valor.
Segundo o Ibama, 20% das multas por crime ambiental vão para o Fundo Nacional do Meio Ambiente e o restante para o Tesouro Nacional.
Um jornalista perguntou a Onyx Lorenzoni se a declaração sobre a diferença entre a área preservada no Brasil e em outros países significava que o futuro governo pretende reduzir a região protegida a um terço do que é hoje.
A Noruega é a maior doadora do Fundo da Amazônia. De 2009, quando o fundo foi criado, até o fim do ano passado o país contribuiu com US$ 2,9 bilhões, dos US$ 3,1 bilhões arrecadados pelo fundo.
Apesar disso, o governo norueguês é acionista da empresa Hydro Alunorte, responsável pela tragédia ambiental que ocorreu em fevereiro deste ano na região de Barcarena, no Pará.
Também nessa segunda, o economista Joaquim Levy aceitou o convite da equipe econômica de Bolsonaro e será o próximo presidente do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Levy foi secretário do Tesouro Nacional no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ministro da Fazenda no segundo governo de Dilma Rousseff e atualmente é diretor Financeiro do Banco Mundial.