O presidente Michel Temer assinou nesta sexta-feira (14) o decreto que autoriza a extradição do italiano Cesare Battisti.
A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto.
Ainda nesta sexta, o Deputado Federal do PPS, Rubens Bueno - presidente do grupo parlamentar Brasil-Itália - enviou um oficio à Presidência solicitando a assinatura do decreto.
Nessa quinta-feira (13), o ministro do SupremoTribunal Federal, Luiz Fux, mandou prender o italiano.
Até o momento, a Polícia Federal ainda não cumpriu a ordem já que Battisti não foi localizado em seu endereço, na cidade litorânea de Cananeia, em São Paulo.
Battisti é acusado pela Interpol por ter cometido os crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Em outubro do ano passado, Battisti foi preso quando tentava atravessar a fronteira entre Brasil e Bolívia, na cidade de Corumbá (MS), portando cerca de R$ 25 mil em moeda estrangeira, segundo o relato da Polícia Rodoviária Federal.
A defesa de Battisti recorreu da decisão do ministro do STF.
Os advogados Igor Tamasaukas e Otávio Maziero pediram que Fux reconsidere a ordem de prisão ou ao menos a suspenda até que o plenário do Supremo julgue se o italiano pode ser extraditado ou não.
A defesa alega que já se passaram mais de cinco anos desde a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que impediu a extradição do ativista, consolidando o direito de que ele permaneça no país, segundo a defesa.
Os advogados argumentam ainda que ele constituiu família e tem um filho brasileiro, motivo pelo qual não poderia ser extraditado.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por 4 homicídios nos anos 70.
E, chegou em 2004 ao Brasil, onde foi preso três anos depois.
Em 2007, a Itália pediu a extradição dele e, no fim de 2009, a suprema corte deixou a palavra final ao presidente da República.
Na época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição.