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Bolsonaro intensifica articulação política com o Congresso; agenda dessa quinta foi Previdência

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Kariane Costa
05/04/2019 - 08:03
Brasília

A quinta-feira (4) foi de muita reunião no Palácio do Planalto.

 

Ao longo do dia, o presidente Jair Bolsonaro recebeu, junto com ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, presidentes dos partidos para discutir e pedir apoio ao texto da reforma da Previdência.

 

O primeiro da lista foi o deputado Marcos Pereira, presidente nacional do PRB,  junto com membros da legenda. Mas eles saíram sem falar com a imprensa.

 

Logo depois foi a vez do presidente do PSD, Gilberto Kassab. Após o encontro de uma hora, Kassab relatou que o partido não vai fechar questão entre os parlamentares pela reforma da Previdência, mas, segundo ele, o PSD está com boa vontade e disposição para aprovar a proposta.

 

Fechar questão é quando todos os parlamentares de determinado partido são obrigados a votar de acordo com orientação da liderança da legenda, caso contrário podem sofrer retaliações.

 

Também presente no encontro, o líder do PSD no Senado, Otto Alencar, disse que os parlamentares do partido já adiantaram que não concordam com pontos como o BPC, o Benefício de Prestação Continuada, a aposentadoria rural e o regime de capitalização. O líder ainda apontou que o presidente e o ministro Onyx concordaram com seu ponto de vista.

 

O presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, também se encontrou com Jair Bolsonaro. Ao sair da reunião, Alckmin deixou claro que o partido é independente do governo, mas que vai fazer o possível para apoiar a aprovação da reforma da Previdência.

 

Alckmin citou pontos da reforma dos quais discorda, mesmo defendendo a aprovação. Ele disse que não há oferta de cargos como moeda de troca por apoio.

 

Ronaldo Caiado (DEM), governador de Goiás, e ACM Neto, presidente nacional do Democratas, também se reuniram com o presidente da República. Ao deixar o encontro ACM Neto defendeu a aprovação da reforma com urgência.

 

O presidente do MDB, Romero Jucá, disse que também apoia reforma, mas quer mudanças no texto.

 

Os encontros ocorrem a menos de uma semana para a leitura do relatório final da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara.

 

O relator da proposta, deputado Marcelo Freitas, do PSL, afirmou que tem certeza que o relatório sobre o texto será aprovado na CCJ e que o parecer será curto, de 20 a 25 páginas.

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