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Política

Hackers invadiram celular de Jair Bolsonaro

Polícia Federal
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Dayana Vítor
25/07/2019 - 14:33
Brasília

O grupo de hackers preso na terça-feira por suspeita de invadir mil aparelhos celulares, inclusive o do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, também acessou os aparelhos do presidente da República, Jair Bolsonaro.

 

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Justiça. Segundo o ministério, a Polícia Federal informou o ocorrido, por ser questão de segurança nacional.

 

O presidente já foi devidamente comunicado da situação e, em seu Twitter, disse que foi um atentado grave contra o Brasil e suas instituições, e quer que os responsáveis sejam duramente punidos. Bolsonaro disse que o país não é mais terra sem lei.

 

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorrenzoni, comentou a invasão dos celulares das autoridades. Ele afirmou que os ministros se comunicam por whatsapp e que, por enquanto, nada mudou. No entanto, ele afirmou que o assunto poderá ser debatido na próxima reunião ministerial de terça-feira.

 

Em nota, o gabinete de segurança institucional esclareceu que disponibiliza ao governo federal um Terminal de Comunicação Seguro. Esse sistema funciona por criptografia, códigos próprios e não permite outro tipo de troca de informações. O órgão ainda acrescentou que faz recomendações e alertas de segurança à Administração Pública Federal.

 

Quatro suspeitos da invasão dos mais de mil celulares estão presos na superintendência da Polícia Federal aqui Brasília. Eles podem ter autuado em crimes relacionados a fraudes bancárias, cartão de débito e de crédito, e também caixas eletrônicos.

 

As investigações começaram em abril, após queixas de procuradores da Lava Jato e de Sérgio Moro, e revelaram que os suspeitos obtiveram o código enviado pelos servidores do aplicativo Telegram no celular. Dessa forma conseguiram acesso à versão do aplicativo no computador.

 

O partido Democratas informou por meio de nota que expulsou um dos supostos hackers presos que fazia parte da legenda, por não concordar com sua conduta e espera punição. No entanto, revelou que o investigado não participava ativamente da vida partidária da legenda.

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