Brasil vai à OEA para que Venezuela se manifeste sobre óleo que contamina litoral nordestino
Durante pronunciamento em cadeia de rádio e TV, na noite desta quarta-feira, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o óleo que atinge o litoral nordestino não foi extraído do território nacional, e voltou a atribuir o material a poços de origem venezuelana.
O ministro disse que o governo vem monitorando o litoral desde que as primeiras manchas de óleo surgiram da costa.
“Amostras do material coletado foram analisadas em laboratórios especializados, que identificaram que esse material não foi extraído em território nacional, mas provém, conforme demonstrado por análise técnica, de poços e misturas de origem venezuelana. Esse processo investigativo tem como principal objetivo determinar as causas e origens desse óleo, e com isso, não apenas fazer cessar o seu aparecimento no litoral brasileiro, mas também obter informações que nos permitam responsabilizar aqueles que tenham contribuído para esse desastre ambiental”.
Segundo o ministro Ricardo Salles, o governo brasileiro determinou que seja encaminhada solicitação formal à OEA, Organização dos Estados Americanos, para que a Venezuela se manifeste sobre o material coletado. E afirmou que as causas e origens do incidente estão sendo investigadas pela Marinha, guardas costeiras estrangeiras e Polícia Federal.
Salles informou ainda que o Grupo de Acompanhamento e Avaliação composto pelo Ibama, pela ANP, Agência Nacional do Petróleo, e pela Marinha realiza ações para a retirada do óleo, encontrado em 2 mil quilômetros de praias entre o Maranhão e a Bahia.
O ministro também disse que outras 1,5 mil pessoas se uniram à equipe que trabalha pra retirar o material, totalizando 5 mil profissionais. E falou sobre a liberação do seguro defeso para pescadores que tenham sido prejudicados pela contaminação do óleo. A estimativa é que o governo federal desembolse R$ 59 milhões com a ação.