logo Radioagência Nacional
Política

Alerj aprova continuidade do processo de impeachment de Wilson Witzel

Deputados aprovaram por unanimidade o relatório da Comissão Especial
Baixar
Fabiana Sampaio
24/09/2020 - 10:59
Rio de Janeiro

O processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro terá continuidade na Assembleia Legislativa e Wilson Witzel, do PSC, será novamente afastado das funções.

Os parlamentares aprovaram por unanimidade, no fim da noite desta quarta-feira (23), o relatório da Comissão Especial que pedia o prosseguimento da ação.

Foram 69 votos a zero. A sessão foi semipresencial, com alguns deputados participando de forma on-line e outros no Plenário.

Witzel será julgado por crime de responsabilidade. Ele é suspeito de envolvimento em compras superfaturadas de equipamentos e insumos para o estado combater a pandemia de Covid-19 e em irregularidades nos contratos de construção dos hospitais de campanha e gestão das unidades de saúde.

Um dos autores do pedido de impeachment, o deputado Luis Paulo, do PSDB, ressaltou em sua fala os fundamentos do pedido, baseado nas investigações das Operações Placebo e Favorito e afirmou que o tempo "joga" contra o governador.

O governador afastado não compareceu ao plenário e fez sua defesa por videoconferência. Witzel voltou a afirmar que está sofrendo um linchamento e que ele estava sendo pré-julgado sem o direito de ampla defesa e do contraditório. O governador ainda foi pro ataque, afirmando que os deputados também foram omissos em relação aos fatos e irregularidades apontados na denúncia.

A partir de agora, o Tribunal de Justiça do Estado será comunicado para dar início à formação do Tribunal Misto de Julgamento, composto por cinco deputados, eleitos pela Alerj, e cinco desembargadores, definidos por sorteio.

A partir da formação do Tribunal Misto, o governador é afastado por até 180 dias enquanto o tribunal analisa a questão.

Desde o dia 28 de agosto, Witzel já não desempenha suas funções por força de decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na ocasião, o governador e a primeira-dama, Helena Witzel, foram alvos de operações de busca e apreensão.

O vice-governador, Claudio Castro, que também é citado em denúncias, é quem está à frente da gestão do estado.

 

x