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Política

CPI da Pandemia ouve tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco

Ele era assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde
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Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional
04/08/2021 - 15:53
Brasília

O tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa disse, em depoimento à CPI da Pandemia, nesta quarta-feira (4), que o envolvimento dele com a negociação de vacinas foi para abastecer o mercado privado.

O militar era assessor do Departamento de Logística, do Ministério da Saúde, até janeiro deste ano. O nome dele foi citado por outros depoentes na comissão. Ele respondeu aos senadores mesmo protegido por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal que dá o direito de ficar em silêncio.

Marcelo Blanco participou de um jantar, em Brasília, juntamente com o policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que se apresentou como representante da empresa Davati, e o então diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias. Foi nesse encontro que teria sido feita a suposta proposta de pagamento de um dólar por dose da vacina AstraZeneca. O coronel Blanco lembrou como apresentou Dominguetti a Roberto Dias.

Em resposta ao relator da CPI, senador Renan Calheiros, sobre a suposta participação dele na negociação das vacinas, o tenente-coronel afirmou que nunca pediu qualquer tipo de comissão.

Marcelo Blanco apresentou à comissão mensagens e áudios trocados em conversas com Dominguetti, por meio de um aplicativo, em que estaria tratando da aquisição de vacinas da AstraZeneca apenas para o setor privado.

O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, questionou o fato de as negociações para adquirir imunizantes para o setor privado terem sido iniciadas antes de haver uma lei que previsse essa possibilidade.

Nesta quinta-feira (5), a CPI da Pandemia vai ouvir o empresário Airton Soligo, conhecido como Airton Cascavel, que atuou no Ministério da Saúde, de junho de 2020 a março de 2021.

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