O governador Cláudio Castro fez, através de suas redes sociais, um chamado à Supervia, concessionária que opera os trens na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Após mais um dia de transtornos para a população que depende desse meio transporte, Castro classificou a paralisação das operações em vários ramais como um “absurdo" e disse que já determinou a abertura de processo de apuração à Agetransp, agência reguladora dos transportes públicos no estado.
Sobre os constantes roubos de cabos e equipamentos das linhas férreas, que acabam prejudicando a operação do sistema, o governador afirmou que as Polícias Civil e Militar têm intensificado ações de combate aos grupos criminosos responsáveis por esses ataques.
A Polícia Militar também emitiu nota sobre os episódios desta quarta-feira, quando os trens ficaram inoperantes, afetando 54 estações que atendem moradores das cidades de Belford Roxo, São João de Meriti, Duque de Caxias, Magé e Guapimirim, na Baixada Fluminense, além de diversos bairros da zona norte da capital.
No texto, a corporação informou que, junto com a Polícia Civil e a Secretaria de Transportes, vem intensificando as ações estratégicas da força-tarefa de combate aos furtos na malha ferroviária fluminense, criada em setembro de 2021. Como resultado, nos últimos seis meses, a PM disse que, por intermédio do Grupamento de Policiamento Ferroviário e batalhões que margeiam a linha férrea, houve 99 operações que resultaram em 150 prisões. Foi recuperada quase meia tonelada de materiais roubados, incluindo cerca de 2.200 metros de cabos de sinalização.
Noutra frente, a Delegacia de Roubos e Furtos da Polícia Civil informou que também tem intensificado as investigações em ferros-velhos e recicladoras de sucata.
Procurada, a Supervia disse que não iria se pronunciar.