Nos últimos seis anos, 56 políticos foram baleados na região metropolitana do Rio de Janeiro. O caso mais recentes foi o do ex-vereador carioca Jerônimo Guimarães Filho, conhecido como Jerominho, assassinado na última quinta-feira (4). Assim como Jerominho, 46 dos políticos baleados morreram e nove ficaram feridos.
Somente este ano, três ocorrências já foram registradas, sem sobreviventes. A conta foi feita pelo Instituto Fogo Cruzado, que produz diversos indicadores sobre violência armada, inclusive a ocorrência de mortos e feridos em decorrência do disparo de armas de fogo.
Maria Isabel Couto, diretora de programas do instituto ressalta que Jerominho não era apenas político, mas também o fundador de uma das maiores milícias da capital, a Liga da Justiça.
Exercendo dois mandatos, Jerominho foi vereador entre 2001 e 2008. Ele foi morto em uma emboscada quando passava por uma estrada no bairro de Campo Grande, na zona oeste.
Por causa do seu envolvimento com a milícia fundada por ele, o ex-vereador esteve preso de 2007 a 2018 e foi novamente detido em dezembro do ano passado, mas solto uma semana depois. Ele chegou a se apresentar este ano como pré-candidato a deputado federal.