O governo deu sequência à dispensa de militares de funções no Planalto. O Diário Oficial da União trouxe as portarias de saída de nove membros das Forças Armadas que trabalham na Vice-Presidência da República. Já no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), mais dois militares deixaram o órgão e outros quatro foram designados para cargos, nesta quarta-feira (25).
As mudanças vêm ocorrendo desde a semana passada, depois dos atos golpistas que vandalizaram os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
O tenente-coronel Mauro Cid não vai mais assumir o 1º Batalhão de Ações e Comandos, unidade de Operações Especiais, em Goiânia. A informação foi confirmada pelo Exército. O Centro de Comunicação Social encaminhou uma nota em que afirma que o militar “encaminhou requerimento ao Gabinete do Comandante do Exército solicitando adiamento do comando, e o pedido foi deferido”. O Palácio do Planalto questionava essa nomeação.
Mauro Cid foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e é investigado por causa de uma transmissão ao vivo em que o ex-presidente apresentou provas falsas de fraudes eleitorais.
Outra mudança prevista é no Batalhão da Guarda Presidencial. O Exército informou que o período do tenente-coronel Jorge Paulo Fernandes da Hora está próximo de completar o tempo regular de dois anos. Ele vai ser substituído pelo tenente-coronel Nélio Moura Bertolino. A indicação de Bertolino já estava prevista desde maio de 2022.