Após bloqueio de refinaria no Paraná, petroleiros informam que não há golpistas tentando impedir distribuição de combustíveis nesta segunda-feira. O Ministério de Minas e Energia informou que possíveis atos estão sendo monitorados.
Após o ataque de grupos antidemocráticos às sedes dos Três Poderes, em Brasília, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro bloquearam a distribuidora de combustível da Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
Em vídeos divulgados nas redes sociais, é possível ver os grupos que querem um golpe militar no país quebrando o asfalto na entrada do prédio e caminhões despejando areia em frente aos portões.
Ainda na madrugada desta segunda-feira, a tropa de choque da Polícia Militar do Paraná usou bombas de gás para desobstruir o acesso à refinaria e escavadeiras retiraram as barricadas.
A Federação Única dos Petroleiros, a FUP, alertou ao serviço de inteligência da Petrobras e ao governo federal sobre a possibilidade de atos terroristas em refinarias da empresa. Isso porque os golpistas anunciaram nas redes sociais o objetivo de impedir o acesso da população aos combustíveis.
A Federação dos Petroleiros informou que ainda há grupos de golpistas em frente da Refinaria Henrique Lage, em São José dos Campos, em São Paulo, e da Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, no Rio Grande do Sul, mas sem bloqueio de vias, como destacou o Alex Freire, do Sindipetro gaúcho.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou que tem garantido a normalidade do abastecimento nacional e o funcionamento de refinarias e bases de distribuição. O ministro Alexandre Silveira alegou ainda que tem monitorado os protestos próximos às estruturas e que segue atento e em articulação com outros ministérios e estados para assegurar o suprimento de combustíveis.