Empresário acusado de financiar o acampamento antidemocrático no QG do Exército diz que não participava da ação, mas que apenas ia ao local.
Adauto Lucio de Mesquita, foi ouvido nesta quinta-feira (4) na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF. Ele admitiu que esteve na esplanada no dia 8 de janeiro, mas afirmou que não invadiu os prédios da sede dos Três Poderes.
O empresário é dono de uma rede atacadista de Brasilia e é apontado pela Polícia Civil como um dos financiadores e participantes dos atos antidemocráticos.
De acordo com a investigação, Adauto Lúcio teria financiado barracas e alimentação de acampados e ajudado com o aluguel de um trio-elétrico. Segundo ele, isso não aconteceu. Disse que fez apenas três doações quando esteve no acampamento, duas de R$ 100 e uma de R$ 1000. No caso do trio-elétrico, disse que só pechinchou um preço mais barato. Ele negou que defendesse a reversão das eleições.
O empresário disse que a movimentação do acampamento era cuidado pelo Exército.
Antes do depoimento começar, os deputados distritais aprovaram a convocação do coronel Klepter Rosa Gonçalves, comandante-geral da Polícia Militar de Brasília.