Com mais de 280 requerimentos na pauta, os trabalhos na CPI Mista do 8 de janeiro foram focados nesta terça-feira (13) na aprovação daqueles de convocação de ex-integrantes do governo Bolsonaro.
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do DF, Anderson Torres, e o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, deverão ser os primeiros, já na semana que vem. Mauro Cid está preso há mais de 40 dias acusado de fraudar o cartão de vacinação do ex-presidente e de familiares. A relatora, senadora Eliziane Gama, adota como uma das linhas de investigação da CPMI o eventual envolvimento dele com conspirações golpistas.
Foram aprovados, ainda, requerimentos de convocação dos ex-ministros da Defesa, Braga Neto, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno. Os parlamentares querem ouvir também o ex-comandante da PM do DF, Jorge Eduardo Naime.
Já as convocações do general Gonçalves Dias, que era ministro do GSI na época dos ataques, o do então interventor no DF, Ricardo Cappelli, e do ex-diretor da Abin, Saulo Moura da Cunha, foram rejeitados. A relatora, senadora Eliziane Gama, disse que, no caso do general, poderá haver uma convocação posterior se necessário.
Já o presidente da CPI Mista, deputado Arthur Maia, disse que deve definir o cronograma de depoimentos para os próximos dias e conversar com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para tratar do compartilhamento de informações.
Já entre os requerimentos de informações aprovados estão os que pedem acesso a documentos da Advocacia-Geral da União sobre os suspeitos de financiar os atos de 8 de janeiro, acesso às imagens das câmeras do circuito interno do Ministério da Justiça, do Planalto, do Congresso e também às filmagens aéreas feitas tanto dos helicópteros da Polícia Federal, quanto dos helicópteros do Exército no dia dos atos golpistas.