CPI dos atos golpistas recebe novos elementos de Operação da PF
A operação da Polícia Federal contra a venda ilegal de joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu de presente pode trazer novos elementos para a CPI que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro.
A relatora da Comissão, a senadora Eliziane Gama, afirmou que é preciso apurar a relação das vendas fraudulentas com o financiamento dos atos golpistas.
A CPI já recebeu documentos relativos aos sigilos de Mauro Cid, com e-mails que mostram, por exemplo, que ele negociava joias e até um relógio Rolex.
Quando o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro esteve presente à CPI, ele se negou a responder perguntas dos parlamentares.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, também se manifestou nas redes sociais. Ele disse que existe relação direta entre o desespero golpista e o comércio criminoso de joias milionárias.
A CPI ouve, na próxima terça, o fotógrafo Adriano Machado, da Reuters, que cobriu as invasões no dia 8 de janeiro. Na quinta-feira, os parlamentares ouvem Walter Delgatti, que está preso devido a uma operação contra tentativas de fraude nas urnas eletrônicas envolvendo a deputada Carla Zambelli. Delgatti foi quem hackeou os celulares de procuradores da operação Lava Jato, na história conhecida como vaza-jato.