A sessão que pode decidir pela cassação do vereador Camilo Cristófaro, do Avante, foi marcada para o dia 19 de setembro. O parlamentar é acusado de fala racista. 
O caso aconteceu numa sessão da Câmara Municipal de São Paulo em maio de 2022, quando Cristófaro disse que “não lavar a calçada é coisa de preto”. O áudio vazou no momento em que ele falava em frente a outros parlamentares. Caso 37 vereadores votem pela cassação, no plenário, ele perderá o mandato.
No último dia 21, o vereador Marlon Luz, do MDB, protocolou o relatório sobre o episódio de racismo envolvendo o colega, e deu parecer favorável à cassação do mandato do parlamentar à Corregedoria da Câmara Municipal. O argumento de Luz foi que houve quebra de decoro.
Para o relator, a fala do colega prejudica a imagem da Casa como instituição, e também a representatividade do mandato de Cristófaro. Segundo o relator, a fala racista levanta questionamentos sobre a capacidade do parlamentar de representar a todos os cidadãos. A Corregedoria então aprovou o relatório de cassação, por 5 votos a favor e uma abstenção.
Na época, o vereador se justificou, e disse, inicialmente, que falava de um carro; depois, afirmou que foi uma brincadeira com um amigo e que não é racista. O parlamentar enviou um vídeo, em que se defende da acusação. Para Cristófaro, perder décadas de vida pública por causa de uma frase é injusto.
O caso chegou a ser levado por vereadores à delegacia de crimes raciais, e a apuração do crime de racismo seguiu à Justiça de São Paulo. Mas, no mês de julho deste ano, Camilo Cristófaro foi absolvido.
Na sessão dessa quarta-feira, foi lido o parecer da Comissão de Constituição e Justiça, para validar o processo. Na mesma sessão, foi informado ao presidente da Câmara, vereador Milton Leite, que Cristófaro vai estar fora do país até o próximo dia 13.
