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Política

Torres diz que "minuta do golpe" estava pronta para ir para o lixo

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Priscilla Mazenotti - Repórter da Rádio Nacional
08/08/2023 - 13:41
Brasília

À CPI Mista dos atos golpistas, o ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres negou qualquer envolvimento ou omissão nos ataques do 8 de janeiro. E chamou a minuta de golpe encontrada na casa dele durante operação de busca e apreensão de “documento imprestável, pronto para ir para o lixo”. Mas foi questionado sobre o local em que a minuta foi encontrada. Privilegiado, segundo a relatora, senadora Eliziane Gama.

Anderson Torres afirmou que viajou de férias para os Estados Unidos na véspera dos ataques porque o cenário que as autoridades haviam passado para ele era de tranquilidade e de desmonte do acampamento no QG do Exército em Brasília. E ele disse que se o Protocolo de Ações Integradas – assinado na sexta-feira, dia 6 – tivesse sido cumprido, os ataque não teriam ocorrido.

Quando perguntado sobre as tentativas de atrapalhar as investigações, como o fato de ter deixado o celular nos Estados Unidos, onde estava de férias no dia dos ataques, respondeu que perdeu o celular no país.

Antes do depoimento começar, senadores da base aliada pediram a reconvocação do ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. Denúncias vazadas à imprensa davam conta de que ele teria negociado a venda de presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, entre eles, um relógio Rolex. Há denúncias ainda que Mauro Cid teria feito sucessivos depósitos em valores menores que R$ 6 mil, na conta da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no ano passado, mas que no total esses depósitos chegaram a R$ 60 mil. 

Diante dos pedidos, Arthur Maia afirmou que esse não é o foco da CPI e que o Colegiado precisa se ater aos fatos.

Mas a deputada Jandira Feghali, uma das autoras do requerimento, rebateu.

A reconvocação de Mauro Cid deve ser votada na próxima reunião da CPI.

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