Vereador de SP é cassado por quebra de decoro após fala racista
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou a cassação do vereador Camilo Cristófaro (Avante). Com 47 votos a favor, 5 abstenções e nenhum voto contrário. Cristófaro foi cassado por quebra de decoro parlamentar por uma fala racista.
Em maio do ano passado, durante uma sessão remota da CPI dos Aplicativos, o agora ex-vereador deixou vazar áudio em que associou a limpeza de uma calçada a pessoas negras.
O pedido de cassação foi feito pela vereadora Luana Alves (PSOL), que participava da CPI e protestou contra a tentativa do Vereador Adilson Amadeu (União Brasil), que presidia a sessão no momento, de tentar cortar o áudio.
A sessão de cassação foi presidida pelo presidente da casa, o Vereador Milton Leite (União Brasil). Coube à vereadora Elaine Mineiro, da bancada Quilombo Periférico do PSOL, fazer a defesa pela perda do mandato.
Já o advogado de defesa de Cristófaro. Ronaldo Alves de Andrade, chegou a pedir que fosse votada a suspensão e não a cassação do mandato.
Para defender a posição, o advogado se apegou à decisão da justiça de São Paulo, que em julho absolveu o vereador do crime de racismo.
Camilo Cristófaro é o primeiro vereador cassado por racismo na história da capital paulista. Com a perda do mandato, assume no lugar o suplente Adriano Santos (PSB).