Prefeito eleito acusado de compra de votos se entrega à PF no Maranhão
O prefeito eleito da cidade maranhense de Nova Olinda do Maranhão, Ary Menezes (PP), acusado de participar de um esquema criminoso de compra de votos e lavagem de dinheiro, se apresentou junto com seu advogado na sede da Polícia Federal, em São Luís, capital do estado, nesse domingo(15).
Ele estava foragido desde a última quinta-feira (12), quando a Polícia Federal deflagrou a operação Cangaço Eleitoral para cumprir quatro mandados de prisão temporária. Entre elas, a de Ary Menezes e do vice-prefeito eleito na chapa, Ronildo da Farmácia (MDB) - preso durante a operação. Antes de se entregar, Ary gravou um vídeo, publicado na rede social, se defendendo das acusações.
"Quero dizer para vocês que vocês sabem que eu não sou essa pessoa que estão dizendo. Não sou criminoso, não sou chefe de facção criminosa, não sou bandido. Confio, primeiramente na justiça de Deus, também confio na nossa justiça, e nas investigações da Polícia Federal".
Também foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral nas cidades maranhenses de Nova Olinda do Maranhão, Cantanhede e na capital, São Luís. A investigação da PF levantou indícios de um esquema criminoso de corrupção eleitoral através de aliciamento de eleitores e posterior compra de votos em favor do então candidato a prefeito de Nova Olinda do Maranhão, Ary Menezes. Outros delitos ligados à prática criminosa incluem extorsão qualificada, desvio de recursos públicos, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Federal, há relatos de ameaças e intimidação, com cobrança de valores e apoio político. Algumas pessoas, inclusive, relataram terem sido coagidas a remover materiais de propaganda política de candidatos adversários e a interromper atividades relacionadas à campanha eleitoral.