No Rio, concentração de casos de Covid-19 têm relação com a condição socioeconômica
A grande concentração de casos do novo coronavírus na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, está diretamente ligada à condição socioeconômica dos moradores. As viagens ao exterior, seja a negócios ou para turismo, são frequentes, o que explica a forma como a Covid-19 chegou ao Brasil.
A opinião é da pneumologista Patrícia Canto, da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fiocruz. O painel Rio Covid-19, da prefeitura, que atualiza os dados diariamente às 18h, mostra a Barra da Tijuca com 175 casos da doença, 38 a mais do que Copacabana, o segundo colocado no ranking.
Para a especialista, ainda não há necessidade de reforçar, na Barra, as medidas de isolamento e distanciamento social, higienização das mãos e uso de máscaras, adotadas pela prefeitura em toda a cidade.
Já o presidente da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca, Delair Dumbrosk, se diz preocupado com o alto número de casos da doença no bairro e reforça a necessidade das pessoas ficarem em casa.
Nessa segunda-feira (13), a prefeitura do Rio determinou novas medidas higiênico-sanitárias a serem adotadas por mercados, supermercados e hortifrúti. Entre elas, o acesso a apenas uma pessoa por família e a higienização de carrinhos e cestas após cada uso.
Ainda de acordo com o Painel Covid-19 Rio, até as 18h desta segunda-feira, dos 162 bairros cariocas, apenas 15 ainda não tinham registros confirmados do novo coronavírus.
