Transmissão do coronavírus no Rio segue trajetória da desigualdade social, afirma estudo
As favelas do município do Rio já contabilizam 176 moradores vitimados pela Covid-19 e 650 casos confirmados da doença.
Os dados são do painel Painel Covid-19 nas favelas, do portal Voz das Comunidades, jornal comunitário do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio.
A plataforma atualiza diariamente os casos de coronavírus nas favelas do município. Os dados têm como fonte as informações oficiais da prefeitura do Rio e do governo do estado e também dados de unidades de saúde localizadas nas comunidades.
O número de mortos nesses territórios já é maior do que o de muitos estados brasileiros.
Um boletim da ONG Observatório de Favelas aponta que as desigualdades sociais vêm marcando a distribuição do contágio no município do Rio.
Enquanto na primeira fase da contaminação, a tendência de crescimento de casos se dava nos bairros mais ricos, passado o momento de “importação” do vírus pelas classes de maior renda, ocorre sua multiplicação para bairros populares, favelas e periferias.
Um dos autores do estudo, o diretor do Observatório de Favelas, Aruan Braga, avalia que isso se dá também pela necessidade das classes mais baixas de continuar trabalhando, boa parte em serviços essenciais.
O estudo traz o mapeamento do contágio na capital. Os autores observaram que já no dia 03 de maio houve a inversão da ocorrência de casos, dos bairros mais ricos para os de menor renda.
A letalidade também se torna expressivamente mais alta nos bairros populares, como afirma Braga.
O boletim conclui pela urgente e inadiável implementação de uma política para as favelas e periferias da cidade face a ameaça, chamada pelos autores de ''genocida''. Entre as medidas necessárias sugeridas estão o abastecimento de água e a testagem imediata de famílias expostas ao vírus em função das atividades de trabalho.
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