Rio de Janeiro: governo da capital libera funcionamento de camelôs

O prefeito Marcelo Crivella anunciou que a fiscalização ao comércio ambulante legalizado será reforçada nesse período de retomada das atividades na cidade. Os camelôs deverão seguir as chamadas "regras de ouro", que preveem o uso de álcool em gel e máscaras e proíbem aglomerações, para diminuir os riscos de infecção pelo coronavírus. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira.

A categoria, que conta com mais de 10 mil ambulantes regularizados, foi liberada para voltar ao trabalho por meio de decreto publicado pela prefeitura em edição extra do Diário Oficial do Município na terça-feira. Em princípio, os ambulantes não estavam na lista da primeira fase do plano de reabertura gradual do comércio carioca.

De acordo com Crivella, em caso de descumprimento das normas de segurança contra a Covid-19, o trabalhador cadastrado poderá perder a autorização para exercer a atividade. E mais: se o monitoramento revelar que a liberação foi precipitada, a prefeitura irá recuar na decisão.

Durante a coletiva, o coordenador de Controle Urbano da Cidade, Eduardo Furtado, explicou que apenas 40 por cento do comércio ambulante autorizado poderá de fato voltar às ruas. Isso porque segue proibido o comércio na orla, praia, feiras e mercados populares. Os locais serão fiscalizados pela Guarda Municipal, que poderá enviar notificação à Secretaria de Fazenda em caso de reabertura irregular.

O prefeito afirmou, ainda, que, neste momento, a maior parte das mortes ocorridas na cidade teve como causa outras doenças, cujos tratamentos foram interrompidos para que pacientes infectados pelo novo coronavírus tivessem prioridade. Segundo ele, agora, o Rio de Janeiro registra uma média de 220 a 230 sepultamentos diários, contra os 180 da média histórica. Crivella voltou a defender que é hora de flexibilizar o isolamento social.

Os números apresentados durante a coletiva revelam que o Rio conta com 1.250 leitos abertos na rede municipal, com ocupação média em torno de 55% em ambulatório e de 88% em UTI.