Outubro Rosa: campanha alerta para diagnóstico e tratamento precoces

Pandemia impactou total de mamografias realizadas neste ano

Publicado em 07/10/2020 - 14:32 Por Anna Luísa Praser - Brasília

Em um exame de rotina a jornalista Luciana Kury recebeu um difícil diagnóstico: o nódulo encontrado no seio esquerdo era um tipo de câncer que acometia tanto a mama quanto o útero. 

Por causa do histórico de câncer na família, um outro exame confirmou que o tipo de tumor era hereditário. 

O tratamento, que durou sete meses, envolveu a retirada completa e a reconstrução das mamas, além da remoção do aparelho reprodutor. Hoje, Luciana está curada e em processo de remissão que é quando o paciente é acompanhado de perto para monitorar se houve retorno da doença. 

Ela conta que passar pelo câncer trouxe mudanças para o resto da vida. 

O processo vivido por Luciana é comum a muitas mulheres. De acordo com dados do Inca - Instituto Nacional do Câncer o tumor de mama é o mais incidente no Brasil e no mundo entre pessoas do sexo feminino. 

A estimativa do instituto é que esse ano, mais de 66 mil novos casos desse tipo de câncer devem aparecer. Mas, se forem detectados precocemente têm grandes chances de cura e com possibilidade de tratamentos menos agressivos.

E é justamente para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e da prevenção da doença, que o Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (7) a campanha do Outubro Rosa 2020.

Este ano, com o tema: Cuidando das Mamas, carinho com seu corpo, a campanha destacou a importância de hábitos preventivos como a prática regular de exercícios físicos e controle da obesidade. 

A necessidade de rastrear os grupos de maiores riscos, mulheres entre 50 e 69 anos, com a realização de mamografias também foi ressaltada. Entre janeiro a julho desse ano, foram realizados mais de 1,13 milhão exames desse tipo no SUS. Os números, no entanto, são menores do que os realizados no mesmo período do ano passado, quando a realização de mamografias ultrapassou o marco de 2,13 milhões. 

De acordo com o Ministério da Saúde, uma das justificativas para essa redução significativa do número de realização de mamografias é a pandemia. O ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, falou um pouco dos desafios do SUS para retomar os atendimentos interrompidos por causa da crise sanitária. 

O ministro reforçou ainda que a pandemia não deve ser justificativa para não procurar ajuda, ainda mais se a mulher encontrar nódulos ou caroços na mama durante o autoexame. Nesses casos, a principal orientação é de que ela busque ajuda médica imediatamente. 

 

Edição: Adrielen Alves

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