Descoberta do novo agente do coronavírus completa um ano
Há exatamente um ano, a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan, na China, informou à Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre casos de pneumonia que, até então, tinham origem desconhecida. Os tratamentos usuais não faziam efeito.
Somente em janeiro foi confirmado o surgimento de um novo coronavírus. A princípio, ninguém imaginava que a doença iria além do território chinês, como conta o pesquisador Wender Silva, do Instituto de Química, da Universidade de Brasília.
Países paralisaram atividades, fecharam fronteiras e determinaram medidas sanitárias para conter a propagação do vírus. Tudo para ganhar tempo, descobrir mais sobre a ação do SARS-Cov-2 e preparar o sistema de saúde.
O professor Wender Silva lembra que houve um esforço coletivo de pesquisadores em busca de um tratamento adequado e há recomendações que são necessárias ainda hoje.
No Brasil, o primeiro caso foi identificado no final de fevereiro. Em março, a OMS declarou que se tratava de uma pandemia.
Na linha de frente, a hematologista Fernanda Orsi, que também é pesquisadora e professora da Unicamp, conta que não existe um tratamento curativo comprovado mas que hoje já se sabe o que não funciona.
A médica Fernanda Orsi tem trabalhado na investigação de trombose em pacientes com Covid-19 e no uso de anticoagulantes em casos mais graves.
No início de dezembro, a Sociedade Brasileira de Infectologia divulgou um documento com “atualizações e recomendações sobre a Covid-19”. Para evitar o contágio, a instituição indica isolamento respiratório de casos suspeitos e confirmados da doença; reforça as medidas de distanciamento, higiene e uso de máscara; assim como orienta não participar de festas e aglomerações.