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Belo Horizonte bate recorde na ocupação de leitos de UTI para Covid-19
86,5% das vagas estão ocupadas, contando redes pública e particular
Publicado em 11/01/2021 - 21:51 Por Victor Ribeiro - Brasília
No dia em que as atividades não essenciais voltaram a fechar, a cidade de Belo Horizonte bateu o recorde de ocupação de leitos de UTI para Covid-19. De acordo com o boletim epidemiológico da prefeitura, 86,5% das vagas estão ocupadas, já levando em consideração os números da rede pública e da rede particular. É a maior ocupação de UTIs desde o começo do monitoramento, em agosto.
Para tentar evitar um colapso no sistema de saúde, o prefeito Alexandre Kalil decretou o fechamento de atividades não essenciais, a partir dessa segunda-feira, por tempo indeterminado. De acordo com a prefeitura, a medida vai causar o fechamento de 16% do comércio. Os outros 84% vão poder continuar funcionando normalmente, se forem essenciais como supermercados e drogarias; ou vão funcionar parcialmente, como os restaurantes, que poderão fazer entregas, sem receber clientes para consumo no local.
Entre as atividades suspensas estão as lojas de roupa e sapato; papelaria; casas de show, salões de festa e boates; feiras, exposições e congressos; shoppings; cinemas e teatros; clubes e academias.
Um grupo de comerciantes protestou na manhã dessa segunda-feira, pedindo a reabertura das atividades. Em nota, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte informou que tem buscado o diálogo junto à prefeitura para apresentar propostas que evitem mais prejuízo ao comércio. A CDL e outras 23 entidades, solicitaram uma reunião com o prefeito.
A secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão se manifestou sobre o protesto. Disse que lamenta profundamente os impactos causados pela pandemia e destacou que sempre manteve diálogo com o setor econômico. Acrescentou que aceitou o pedido de reunião, que ainda será agendada. E que o objetivo do fechamento do comércio é diminuir o volume de pessoas em circulação para conter a expansão do contágio.
A Prefeitura de Belo Horizonte informou, ainda, que continua monitorando os indicadores da pandemia e, quando for possível, o processo de flexibilização será retomado.
