Fiocruz faz alerta para possível agravamento dos casos de dengue
Em plena pandemia do novo coronavírus, a Fundação Oswaldo Cruz faz um alerta para a possibilidade de agravamento de um velho problema enfrentado pelo país: a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, com o consequente aumento no número de casos de dengue, zika e chikungunya.
A Fiocruz também chama a atenção para a situação de hospitais e unidades de pronto atendimento, que estão trabalhando, em algumas regiões brasileiras, com capacidade máxima de atendimento voltada para os casos de covid-19. Esse esforço concentrado, segundo a instituição, pode dificultar os cuidados com outras doenças, como as causadas pelo Aedes aegypti.
A pesquisadora Denise Valle, do Instituto Oswaldo Cruz, ressalta que, por causa da pandemia, agentes de saúde não conseguiram realizar as vistorias periódicas em residências para checar o índice de infestação do mosquito.
Esse acompanhamento é importante para subsidiar a definição das políticas públicas de enfrentamento às chamadas arboviroses.
Segundo Denise Valle, é preciso seguir um passo-a-passo para a vigilância constantes aos criadouros do mosquito.
A especialista recomenda, ainda, que quando não for possível descartar, esses recipientes devem então ser devidamente vedados ou tratados, cuidados que são a forma mais eficaz de contribuir para um verão sem dengue.
Vale lembrar que esta é a época do ano de maior proliferação de Aedes Aegypti. As chuvas de verão e temperaturas altas criam o cenário ideal para sua proliferação.
A secretaria de estado de Saúde do RJ foi procurada, mas não se pronunciou até o fechamento desta matéria sobre medidas de combate ao mosquito.